segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Brasil derrota a segunda melhor seleção do mundo e termina na vice-liderança do grupo B

O confronto entre Brasil e Espanha tinha tudo para pegar fogo e ser um das melhores partidas dos Jogos Olímpicos até o momento, mas, na situação que o confronto foi realizado, na última rodada da fase de grupos, sem a disputa pela liderança do grupo, como era previsto antes dos Jogos começarem e com o vencedor tendo um caminho mais árduo pela frente, enfrentando Argentina (campeã olímpica em 2004) nas quartas de final e, se avançar, indo enfrentar os Estados Unidos (campeão olímpico em 2008) na semi, se os norte-americanos também passarem das quartas, é claro, a partida acabou se tornando morna, com ambos treinadores poupando excessivamente suas principais peças e fazendo desse um jogo que deixou um pouco a desejar, terminando com vitória brasileira, por 88 a 82, com um final pra lá de duvidoso por parte dos espanhóis, que pareciam que realmente não queriam vencer a partida. Se realmente a intenção deles era perder, o problema não era do Brasil, que foi lá e venceu a segunda melhor segundo do mundo na atualidade, confirmando a vice-liderança do grupo B, com quatro vitórias em quatro partidas, cumprindo com o seu objetivo na fase de grupos.

Os jogadores brasileiros que mais ficaram em quadra foram: Tiago Splitter, com 30 minutos (11 pontos, seis rebotes e três assistências), Leandrinho Barbosa, com 27 minutos (23 pontos, dois rebotes, um roubo de bola e um toco) e Anderson Varejão, que começou a encabeçar a lista dos jogadores poupados, ficando em quadra por 22 minutos, fazendo sete pontos e pegando sete rebotes. Nenê Hilário sequer entrou em quadra.

Do outro lado, na seleção espanhola, Navarro, com 27 minutos (sete pontos, cinco rebotes e quatro assistências), Marc Gasol, com 25 minutos (20 pontos, três rebotes e quatro assistências) e Pau Gasol, com 24 minutos (25 pontos, sete rebotes e dois tocos) foram os que mais ficaram em quadra e os que mais contribuíram para essa derrota por poucos pontos da Espanha.

Independente se a derrota significaria ter uma vida mais fácil, achei correto o descanso para alguns atletas, afinal, não é essa partida que está valendo vaga na semifinal, portanto, de que adiantaria o Brasil, por exemplo, deixar suas principais peças em quadra, acumulando exaustão de outras partidas por uma simples vitória? Ainda continuando no exemplo do Brasil, que é o que nos interessa, Magnano deu mais rodagem e confiança para alguns suplentes que poderão ter um papel mais importante lá na frente, como foi a situação dos jogadores do Flamengo Marcelinho Machado e Caio Torres, que fizeram a sua segunda partida seguida com um bom tempo de quadra, ficando em ação por 12 e 13 minutos, respectivamente. O jovem Raulzinho Neto (jogou 16 minutos), mesmo que não esteja com muito espaço, por conta de Larry Taylor, acumulou um pouco mais de experiência para o futuro, tendo tudo para voltar a defender o Brasil no mundial de 2014, na Espanha e na olimpíada de 2016, no Rio.

O que manchou a partida foi a clara falta de vontade da seleção da Espanha nos minutos finais, cometendo faltas de ataque pra lá de duvidosas, não pressionando defensivamente e fazendo apenas sete pontos nos últimos quatro minutos de jogo, com suas principais peças em quadra, e sofrendo 13 pontos, depois de ver o jogo empatado em 75 pontos e ter tido a chance de dar o gás final para a vitória.

Agora, com o objetivo cumprido, que era a segunda colocação do grupo B, o Brasil começa a se preparar para a fase mata-mata, tendo, se os Estados Unidos não perderem para a Argentina por mais de 18 pontos, os hermanos na fase quartas de final.

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